segunda-feira, 14 de abril de 2008

Entre mulheres e gatos...


O que dizer sobre minha ausência? Só nos percebemos ausentes quando algum outro 'SER' nota que não estamos aqui... Porque essa eterna necessidade de complementariedade?

É, a vida no aquário é assim... um belo dia você aparece boiando na superfície... mas quem se importa? A maior preocupação é sempre a sobrevivência, então, se você não mais sobrevive, tampouco vive... não há mais com que se preocupar e então o mundo deixa também de se preocupar com você!

Bóie, bóie o quanto quiser! Ninguém vai se importar.

Algum leitor solitário notou minha ausência? Sim... um leitor! Ou quem sabe mais... Aos quais agradeço a solidariedade tipicamente aquariana.

Mas o Zé foi além, foi profundo! Interessante! Sagaz... Gosto disso! Volte Zé. Preciso pensar mais sobre seu e-mail, em breve postarei a respeito.

Por agora, não posso deixar de mencionar o e-mail que recebi de "Faraó" (pomposo hein!?), o qual trazia o seguinte conteúdo: "Finalmente poderei solucionar uma dúvida que há séculos me intriga. Pq as mulheres e os gatos são tão traiçoeiros? Você é uma ADVOGADA DE AQUÁRIO, deve entender muito de mulheres e gatos, já que és mulher e por estar num aquário certamente algum gato já a espreitou. Pq estes dois elementos são tão traiçoeiros e fascinantes?" Venha comigo:

Enquanto flutuo rente ao vidro que me separa do mundo, observo que todos ao redor me olham e fazem sempre o mesmo movimento para chamar minha atenção. E eu complacente, lhes demonstro com um rápido piscar de olhos, que percebo e os reconheço, apesar de não provocarem em mim qualquer alteração metabólica.

Fugindo dessa monotonia humana e de seus joguinhos emocionais comprados em livros de auto-ajuda, percebo a aproximação felina, lânguida e sutil... Me ofuscando a visão com intenso brilho no olhar... Toda vez que algum felino se aproxima do meu aquário o faz de maneira inovadora, instigante, excitante... Envolvente!

Então me revisto de toda minha auto-suficiência e prepotência. Me preparo para mostrar-lhe o quanto sou fantasticamente interessante e fico em posição de estrela, na melhor posição em que possa ser apreciada, porém, jamais alcançada.

E o felino se aproxima... Posso ouvir seu ronronar e percebo seus lindos olhos se fechando como se sentisse um afago misterioso... Aguardo sua chegada, para o início do meu show de sedução, no qual certamente a única satisfeita serei eu mesma.

E o felino se aproxima... Posso ouvir ainda mais alto seu ronronar e agora sinto seu calor, sua maciez... Sua língua áspera lambendo-me... Como se um flash tivesse extirpado toda a vida que existia antes e todo o futuro que advirá... Naquele momento só o presente importa.

Então caro Faraó, percebe quão traiçoeiros são os gatos? Fazem com que, de bom grado nos entreguemos aos seus encantos, sem máscaras, sem ardis, sendo apenas felinos instintivamente caçadores.

Sobre as mulheres... Somos traiçoeiras sim! Com nossos próprios desígnios, traímos a nos mesmas sempre... Sempre que nos colocamos no lugar das Deusas... Fenecemos ao primeiro ronronar e nos entregamos às lambidas ásperas de um bom felino.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Exórdio - do latim exordium


Egotista? Hummmm... talvez! Difícil admitir, impossível negar.


Ah claro, e o que advogados e aquários tem a ver com tudo isso... !?!?!
Para começar permita que me apresente, caso seja cego ou estúpido, e não tenha reparado: sou a Advogada de Aqu@rio! Com o tempo você entenderá!


O porquê de um blog? Certamente para usurpar horas da minha vida aquática, em divagações sobre os acontecimentos diversos da vida de uma mulher aquariana, advogada, solitária, bonita, independente e imprudente. Muito imprudente!
Um blog para lançar mão de todos os comentários nefastos que, por ser politicamente correta, guardo em meu aquário particular... Onde impera o silêncio! E o aquário transborda, todos os dias... Ininterruptamente!


Se ainda quiser me entender, saiba que advogo minhas próprias causas, justifico meus maus passos, preencho de licitude meus rompantes vingativos... E nunca saio perdendo... Exceto quando perder me favorece! Ou quando um lindo peixinho necessita saborear uma vitória, calculadamente consentia por mim...


Amo peixinhos... estejam eles vivos ou assados...

Quando vivos são ativos e ávidos por aquelas migalhas de papel picado...
Os meus vivem a esperar o momento que lembrarei de dar-lhes o tão precioso alimento! O alimento que lhes manterá vivos e encherá suas vidinhas de tesão!

Quando assados tão ricos em ômega 3.


O último peixinho que tive era muito bom com as palavras... talvez outra ficasse impressionada...

Entretanto, a mim elas pouco me importavam...

Eu apreciava mesmo... a sua boca carnuda!